Elizabeth de França Ferreira, a inesquecível Mãe Betinha para todo o seu povo, nasceu em 29.11.1909. Há cem anos, a cultura afrodescendente brasileira ganhou um nome de força comparável apenas à das águas de Iemanjá Sabá que lhe guiavam os passos. O Pólo de Saúde e Saberes Afro Brasil lança o projeto Memorial Mãe Betinha, para que este grande exemplo continue vencendo o tempo e perpetuando os seus ensinamentos. O Memorial Mãe Betinha, Elizabeth de França Ferreira, é um projeto do Pólo Nacional de Saúde e Saberes Afro Brasil, que tem como metas, estimular e apoiar as comunidades terreiro no desenvolvimento de atividades ligadas à saúde e cidadania em seu entorno social.
O Memorial Mãe Betinha se integra às demais atividades desenvolvidas pelo Pólo na valorização de um personagem de grande importância em diversas esferas. Para o Candomblé, Mãe Betinha representou a resistência da religião à intolerância no período do Estado Novo e a preservação de um formato de culto de origem iorubana, o xangô recifense ou nagô em sessenta e cinco anos de sacerdócio. Em sua atuação à frente da comunidade do Ilê Axé Yemanjá Sabá Bassamí, Mãe Betinha representou liderança, consciência e força na defesa dos direitos e da posição da mulher na sociedade. Seu exemplo ainda vai além da esfera religiosa, quando trouxe para um dos bairros mais populosos e carentes da Região Metropolitana do Recife, olhares nacionais e internacionais que transformaram o seu terreiro em uma reconhecida fonte do saber popular.
O Memorial contará com exposição permanente de fotografias, vídeos e objetos que ilustrem a figura da yalorixá Betinha de Yemanjá Sabá e sua tradição. O acervo será construído a partir da disponibilização de material por familiares, amigos, descendentes na religião e pesquisadores que a tomaram como referência. A estrutura física cedida para o Memorial será o antigo local reservado por Mãe Betinha para atender e aconselhar os que lhe procuravam. O espaço foi preservado em suas características básicas, mesmo após o fechamento do terreiro, decorrente do falecimento da sua zeladora.
A inauguração do Memorial será realizada no dia 29.11.2009, em comemoração pelo centenário de Mãe Betinha. O local ficará aberto para visitas individuais ou em grupo de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, mediante agendamento, nos dias de funcionamento do Pólo Afro Brasil e das atividades religiosas públicas do terreiro.
A inauguração do Memorial será realizada no dia 29.11.2009, em comemoração pelo centenário de Mãe Betinha. O local ficará aberto para visitas individuais ou em grupo de segunda a sexta-feira, das 9h às 16h, mediante agendamento, nos dias de funcionamento do Pólo Afro Brasil e das atividades religiosas públicas do terreiro.
A inauguração do Memorial contará com a presença de autoridades, pesquisadores, lideranças sociais e religiosas, familiares e descendentes do axé de Elizabeth de França Ferreira, além da comunidade que cresceu ao redor do terreiro que conta aproximadamente 70 anos de história. Neste dia serão promovidas palestras sobre a história de Mãe Betinha e sua atuação na valorização e preservação da identidade afro-descendente em 70 anos de sacerdócio, debates sobre a luta histórica contra a intolerância racial e religiosa, exibição do premiado vídeo As Yalorixás do Recife, que reúne mulheres ícones da cultura negra recifense desde o século XIX, apresentações do Afoxé Omim Sabá, do Projeto Capoeira São Salomão, feira de arte, literária e coquetel aos convidados. Após os debates e coroando o evento, acontecerá a Festa de Iemanjá do Ilê Iyá Axé Ogê L´Awô, dentro da tradição Ketu, que sucedeu o Ilê Axé Yemanjá Abassami, do qual Mãe Betinha foi sacerdotisa.
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